Porque, infelizmente nada foi feito em matéria de planeamento da cidade, repetimos aqui essa reflexão.
Numa altura que se discute o passado, o presente e o futuro do País, muito concretamente a divisão administrativa, convém compreender a actual organização do nosso País. De uma forma muito sucinta, podemos resumir a aventura do planeamento português à Arquitectura Militar, Cidades Ultramarinas e a sua vertente colonial, e ½ dúzia (não tanto) de casos no território continental, como são exemplo Almeida, Angra do Heroísmo, Espinho, Tavira, Baixa Pombalina de Lisboa, Porto Covo, Vila Nova de S. André. Todo o restante Urbanismo Português pura e simplesmente não o é ou limita-se à Praça e Igreja, resultando em crescimentos e desenvolvimentos urbanos desordenados e espontâneos.
Com o 25 de Abril abriu-se um capítulo novo na História de Portugal. A revolução motivou movimentos migratórios dentro do território Nacional e o retorno dos Colonos Portugueses do Ultramar. Este novo panorama da Sociedade Portuguesa veio colocar em causa os equilíbrios territoriais existentes até então, impondo uma Litoralização da população devido a vários factores:
Esmoriz é um paradigma disto que atrás foi descrito:
- Zona periférica da 2ª maior Cidade do País (Porto);
Com o 25 de Abril abriu-se um capítulo novo na História de Portugal. A revolução motivou movimentos migratórios dentro do território Nacional e o retorno dos Colonos Portugueses do Ultramar. Este novo panorama da Sociedade Portuguesa veio colocar em causa os equilíbrios territoriais existentes até então, impondo uma Litoralização da população devido a vários factores:
- Políticas de Agricultura inexistentes ou deficientes, que levam ao abandono das terras de cultivo;
- Políticas centralizadoras de desenvolvimento, abandono de serviços públicos dos municípios interiores e limitação do investimento público. Factores, estes, penalizadores do interior em detrimento das duas grandes metrópoles, com especial incidência na Capital;
- Uma forte especulação urbanística nos territórios litorais assente numa crescente corrupção instalada no poder local.
Esmoriz é um paradigma disto que atrás foi descrito:
- Zona periférica da 2ª maior Cidade do País (Porto);
- Características naturais invulgares como praia, barrinha, pinhal e terras altas, que derivam em zonas de lazer e desporto de excelência tais como banhos, golfe, desportos náuticos, desportos equestres, aeronáutica (de realçar o facto de a única existente em Esmoriz (banhos) ser a que não necessitou de intervenção humana. Todas as outras só existem nas freguesias e concelhos limítrofes);
A Bancada da Mudança Positiva (PSD/CDS-PP) propõe a criação de uma comissão permanente de avaliação do Urbanismo desenvolvido e proposto para a Cidade (ou falta dele) de forma a apoiar o desempenho do executivo, criando ferramentas que permitam:
Esmoriz, 28 de Abril de 2011
Grupo parlamentar à Assembleia de Freguesia de Esmoriz “Mudança Positiva” (PSD/CDS-PP)
- Localização estratégica regional e nacional (na charneira do Norte e Centro do País, dos Distritos do Porto e Aveiro, dos Concelhos de Ovar e Espinho e S. M. da Feira) com todas as implicações que advêm daí (uma multiplicidade de entidades reguladoras e administradoras divididas entre Ovar, Coimbra, Porto, Aveiro, Lisboa.);
- Uma estrutura de acessibilidades nacional e regional bem desenvolvida (A29, EN 109, Linha de Comboio Porto-Lisboa (futuramente a RAVE), Base aérea Militar de Maceda, aeródromo de Paramos.
Contudo, e não obstante todas estas características de excelência referidas no parágrafo anterior, Esmoriz (uma Cidade com aproximadamente 20.000 habitantes), possui características de dormitório onde a qualidade de vida dos seus habitantes e potenciais visitantes não está acautelada pelo Poder Local (C. M. de Ovar, J. F. de Esmoriz e todas as demais entidades responsáveis). Isto pode ser facilmente verificável por:
- Pela qualidade do PDM que temos em vigor no Concelho de Ovar, em eterna revisão, verdadeiro potenciador de crescimento desordenado e incongruente, falta de convivência entre diversas funções da Cidade – habitação, comércio, industria, serviços, pesca e agricultura –, em prejuízo de toda a população e todas as funções, assente numa lógica especulativa e em regulamentos dúbios e inatingíveis, sustentada pela limitação e manipulação da informação que é cedida ao cidadão, tendo em vista uma administração blindada à crítica e opinião pública, como é característico de países do 3º mundo;
- A ausência de uma hierarquização espacial adequada ao uso humano e automóvel dos espaços e a ausência de uma planificação/manutenção destes mesmos espaços, com prejuízos incalculáveis para a qualidade de vida dos cidadãos (ex.: praia de Esmoriz na sua globalidade, Centro de Esmoriz e sua relação com a E.N. 109, rede viária e espaços públicos em Gondesende na sua globalidade;
- Desconhecimento dos limites territoriais e administrativos da Cidade, com apropriação indevida por freguesias e concelhos vizinhos sem que ninguém se manifeste (ex.: Parque do Buçaquinho e limites da Freguesia entre Gondesende e Paços de Brandão);
- Falta de articulação entre as diversas redes de acessibilidades que servem a Cidade, comprometendo a relação sustentável da cidade com os cidadãos (ex.: estado calamitoso da estação da CP, sua envolvente, e rede viária de acesso; ausência de uma rede estruturada de transporte públicos local, etc.)
- Desarticulação da C.M. Ovar para com a totalidade do seu território, potenciando desequilíbrios territoriais potenciadores de sentimentos de inferioridade no que toca à cidadania, o que degenera no não aproveitamento das mais-valias municipais que necessitam de um ecossistema próprio e sustentado nas pessoas e território, logo, não desenvolvimento municipal e questionamento da lógica de unidade Municipal por parte dos munícipes.
- Incapacidade de avaliação das idiossincrasias sociais locais por parte da C. M. Ovar e J. F. de Esmoriz, como sejam as pescas e a agricultura, com prejuízos nítidos para as populações e seus modos de vida, bem como a ausência de potenciação destes patrimónios Arquitectónicos, Artísticos e Culturais para fins turísticos numa lógica de auto-sustentabilidade (Praia de Esmoriz, Bairro dos pescadores, Palheiros de Esmoriz e sua Costa e Barrinha, agricultura ainda existente tão bem defendida pelos ranchos de Esmoriz nos seus diversos aspectos e Arquitectura rural)
- Incapacidade de actuação da Junta de Freguesia por falta de meios e desadequação dos existentes, problema reforçado pela aceitação de um protocolo de delegação de competências altamente prejudicial para a freguesia, que resulta, basicamente, no facto de a Freguesia ter de pagar para executar trabalhos que seriam da competência da C. M. Municipal;
- Falta de capacidade técnica da Junta de Freguesia para discernir em muitas das funções que lhe são imputadas, como:
- Uma estrutura de acessibilidades nacional e regional bem desenvolvida (A29, EN 109, Linha de Comboio Porto-Lisboa (futuramente a RAVE), Base aérea Militar de Maceda, aeródromo de Paramos.
Contudo, e não obstante todas estas características de excelência referidas no parágrafo anterior, Esmoriz (uma Cidade com aproximadamente 20.000 habitantes), possui características de dormitório onde a qualidade de vida dos seus habitantes e potenciais visitantes não está acautelada pelo Poder Local (C. M. de Ovar, J. F. de Esmoriz e todas as demais entidades responsáveis). Isto pode ser facilmente verificável por:
- Ausência de uma lógica de planeamento sustentável decorrente de uma relação saudável dos PMOT’s (planos municipais de ordenamento do territórios) que se classificam da seguinte forma:
- Planos intermunicipais (PI’s);
- Plano Director Municipal (PDM);
- Planos de urbanização (PU’s);
- Planos de pormenor (PP’s).
- Pela qualidade do PDM que temos em vigor no Concelho de Ovar, em eterna revisão, verdadeiro potenciador de crescimento desordenado e incongruente, falta de convivência entre diversas funções da Cidade – habitação, comércio, industria, serviços, pesca e agricultura –, em prejuízo de toda a população e todas as funções, assente numa lógica especulativa e em regulamentos dúbios e inatingíveis, sustentada pela limitação e manipulação da informação que é cedida ao cidadão, tendo em vista uma administração blindada à crítica e opinião pública, como é característico de países do 3º mundo;
- A ausência de uma hierarquização espacial adequada ao uso humano e automóvel dos espaços e a ausência de uma planificação/manutenção destes mesmos espaços, com prejuízos incalculáveis para a qualidade de vida dos cidadãos (ex.: praia de Esmoriz na sua globalidade, Centro de Esmoriz e sua relação com a E.N. 109, rede viária e espaços públicos em Gondesende na sua globalidade;
- Desconhecimento dos limites territoriais e administrativos da Cidade, com apropriação indevida por freguesias e concelhos vizinhos sem que ninguém se manifeste (ex.: Parque do Buçaquinho e limites da Freguesia entre Gondesende e Paços de Brandão);
- Falta de articulação entre as diversas redes de acessibilidades que servem a Cidade, comprometendo a relação sustentável da cidade com os cidadãos (ex.: estado calamitoso da estação da CP, sua envolvente, e rede viária de acesso; ausência de uma rede estruturada de transporte públicos local, etc.)
- Desarticulação da C.M. Ovar para com a totalidade do seu território, potenciando desequilíbrios territoriais potenciadores de sentimentos de inferioridade no que toca à cidadania, o que degenera no não aproveitamento das mais-valias municipais que necessitam de um ecossistema próprio e sustentado nas pessoas e território, logo, não desenvolvimento municipal e questionamento da lógica de unidade Municipal por parte dos munícipes.
- Incapacidade de avaliação das idiossincrasias sociais locais por parte da C. M. Ovar e J. F. de Esmoriz, como sejam as pescas e a agricultura, com prejuízos nítidos para as populações e seus modos de vida, bem como a ausência de potenciação destes patrimónios Arquitectónicos, Artísticos e Culturais para fins turísticos numa lógica de auto-sustentabilidade (Praia de Esmoriz, Bairro dos pescadores, Palheiros de Esmoriz e sua Costa e Barrinha, agricultura ainda existente tão bem defendida pelos ranchos de Esmoriz nos seus diversos aspectos e Arquitectura rural)
- Incapacidade de actuação da Junta de Freguesia por falta de meios e desadequação dos existentes, problema reforçado pela aceitação de um protocolo de delegação de competências altamente prejudicial para a freguesia, que resulta, basicamente, no facto de a Freguesia ter de pagar para executar trabalhos que seriam da competência da C. M. Municipal;
- Falta de capacidade técnica da Junta de Freguesia para discernir em muitas das funções que lhe são imputadas, como:
- Resolução de problemas de drenagem e pavimentação de arruamentos;
- Colocação de sinalética vertical e horizontal;
- Administração de usos automóveis e pedonais e sua hierarquização, resultando numa cidade sem passeios, estacionamentos mal pensados, dimensionados e localizados, como é exemplo, sem falar na cidade na sua globalidade, o parque de estacionamento da Junta e as bolsas de estacionamento “avulsas” existentes ao longo da E. N. 109;
- Avaliação da qualidade e pertinência das obras impostas pelo município, ou outras entidades, como são exemplo a pavimentação da Rua de Gondesende sem saneamento, ou a passagem desnivelada, ou mesmo a execução técnica da Av. da Praia.
A Bancada da Mudança Positiva (PSD/CDS-PP) propõe a criação de uma comissão permanente de avaliação do Urbanismo desenvolvido e proposto para a Cidade (ou falta dele) de forma a apoiar o desempenho do executivo, criando ferramentas que permitam:
- Ter uma atitude interventiva e crítica relativamente ao que se propõe superiormente para a nossa Cidade;
- Uma real consciência das necessidades da Cidade, podendo, com isso, ter uma atitude reivindicativa consciente e coerente;
- Ter noção da real dimensão geográfica da Cidade, não permitindo ingerências no nosso território;
- Uma avaliação constante do posicionamento estratégico da Cidade nos seus contextos nacional, regional e municipal;
- Potenciação das relações com freguesias vizinhas tendo em vista objectivos comuns.
Esmoriz, 28 de Abril de 2011
Grupo parlamentar à Assembleia de Freguesia de Esmoriz “Mudança Positiva” (PSD/CDS-PP)
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